domingo, 21 de dezembro de 2008

A verdadeira história de Janis Joplin - Parte 8

A primeira onda do movimento que seria conhecido como hippie estava se formando... Janis foi uma decepção para os jovens músicos do Big Brother: Dave Getz, o baterista, James Gurley e Sam Andrew, guitarristas, e Peter Albin, baixista, esperavam uma menina linda, sexy, fluorescente, uma rock star. Janis, ao chegar em San Francisco no verão de 66, ainda era a quase perfeita texana, só que desleixada e com um ar maluco. Mas quando começou a cantar tudo entrou em seus lugares. Tudo explodiu. "Eu explodi. Eu cantava só blues, quase puro, sem acompanhamento, às vezes só com a minha gaita", diz Janis. "Quando eu senti aquele ritmo atrás de mim, e a eletricidade toda... cara, eu explodi". Antes de Janis nós vivíamos só curtindo, não sabíamos para onde nossa música ia. A gente fazia som espacial, sabe como é?", explicou Sam Andrew. "A gente queria duas cantoras para fazer um som parecido com o do Jefferson Airplane. Mas quando Janis chegou e começou a berrar, cantar, com aquele vozerio todo... a gente teve de mudar nossos planos. Janis foi nosso catalisador. Ela nos trouxe de volta à terra". Janis foi morar com o pessoal do Big Brother, numa comunidade rural em Laguanitas. Lá, ela aprendeu um novo código que podia fazê-la ser aceita e compreendida sem precisar ser uma boa texana: aprendeu a usar rendas, flores, correntes e a deixar o cabelo solto, a usar perfume de patchuli. Era assim que se vestiam e se portavam as garotas de San Francisco, as garotas da flower revolution. Janis achou fácil ser uma delas. Ela não seria só uma delas: seria a rainha de todas, usando tudo em excesso, explodindo em plumas e cores toda a sua alma cigana, forjada na estrada. Em Laguanitas, Janis aprendeu como ser aceita, mas não como ser amada. Como em Port Arthur, havia Sam e sua garota, Dave e sua garota, Pete e sua garota. E só Janis. Que transava com todos, é claro, ela era tão livre... Justamente, ela era livre demais, ou melhor, sozinha. Para enfrentar seu primeiro demônio, Janis sucumbiu ao segundo: as drogas. Não as psicodélicas, que embalavam os flower children. "Essas drogas aí eu não gosto", ela dizia, diluindo. As associações espontâneas de curtidores começavam a querer se profissionalizar - inclusive o Big Brother, que já havia gravado um disco para um selo obscuro de Chicago. A maioria silenciosa da América voltava os olhos para aquilo, aquele barulho colorido que tinha sido feito de seus mais belos e promissores filhos. E o sistema começava a pensar num jeito de capitalizar aquela energia formidável.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Move over Live in Toronto, Canadá 1970

A verdadeira história de Janis Joplin - Parte 7

Algum tempo depois, ela diria que aceitou o convite de Chet e Travis porque "eu não ia pra cama com ninguém há mais de 7 meses, e o Travis era ótimo, foi logo me agarrando". Mas esse parece ser só um lado da verdade. Porque Janis, a caminho de San Francisco, escreveu a uma amiga: "Estou indo para San Francisco, meu Deus, estou tão excitada! Vou cantar num grupo de blues elétrico de lá. Vou cantar mesmo, profissionalmente. Estou com muito medo, mas todos acham que eu devo ir. Me diga, não é maravilhoso?" Travis podia ser incrível na cama - e isso decerto ajudou, pelos padrões difusos de Janis - mas na verdade ela só estava esperando esse convite para deixar o pêndulo oscilar mais uma vez para o outro lado. "Não há meio termo para Janis", dissera o Dr. Giarritano. Ela havia fracassado mais uma vez na tentativa de ser uma bela, serena, sossegada garota do Texas. Seria selvagem de novo. Seus demônios a esperavam na estrada, nos blues, em San Francisco. Era a derradeira batalha.
"Porque me fazem pensar. Eu prefiro esquecer". Janis voltou à bebida, às anfetaminas e, pouco a pouco, à heroína. Tudo junto.
Conjurados os demônios, estava feita a mágica: o canto de Janis estourou em San Francisco, estilhaçando o ar nas festas comunais dos parques, os be-ins do verão e do outono de 66, os concertos livres dos primeiros hippies. "Era até demais", recorda Nick Gravenites, que depois tocou com a segunda formação do Big Brother. "O grupo não era nada profissional, era pura curtição, barulho. E Janis era só eletricidade, uma figura estranhíssima, toda vestida de tafetá, cheirando a patchuli, era demais até para San Francisco". Se era demais para San Francisco, Janis só tinha que transbordar. Foi quando veio o Festival de Monterey.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Programa presta homenagem a Janis Joplin

Hoje, o ‘Que rock é esse?’ presta homenagem as mulheres mais poderosas do Rock e é claro que nossa querida Janis Joplin não poderia estar de fora desta lista, já que ela foi a primeira figura feminina a conseguir notoriedade e respeito no mundo do Rock, que até então era liderado somente por homens.
A atração será exibida às 22:45 da noite, no canal por assinatura Multishow. Não percam!

domingo, 5 de outubro de 2008

38 anos sem Janis Joplin

Há 38 anos atrás, o mundo perdia uma jovem cantora que fez da sua voz, o grito da geração dos final dos anos 60. Mesmo que não gostasse de ser chamada de 'estrela', Janis literalmente era uma.
A primeira grande estrela da industria do Rock, mostrou o poder feminino no lugar que até então era liderado somente por vocais masculinos. E fez da sua figura e seu estilo marcante, o maior ícone hippie da história.
4 de outubro não é dia de tristeza. Janis partiu, mas deixou sua herância grandiosa para nós, seus admiradores, com sua rouquidão incomparável repleta de emoção em suas musicas.
Aos 27 anos, precocemente Janis Joplin conseguiu ser muito mais que ela própria se imaginou ser. Tornou-se uma lenda. E as lendas nunca morrem, são imortais.

sábado, 13 de setembro de 2008

Piece of my heart Live in Stockholm 1969

Graças a esse video que Janis passou a fazer parte da minha vida. Não tinha visto nada igual ou superável ao seu jeito de cantar.