sexta-feira, 30 de maio de 2008

A verdadeira história de Janis Joplin - Parte 3

Os blues começaram a partir de 1960. Janis se forma na High School, e tenta uma carreira tranqüila como estudante de arte na Universidade de Lamar, em Beaumont, vizinha de Port Arthur. Tentou também um curso de secretariado na Universidade de Port Arthur. Mas já estava marcada. Continuava feia e sem modos elegantes. Continuava praguejando, bebendo muito e saindo em turmas de rapazes. Dizia-se que tinha dormido com todos os homens disponíveis de Port Arthur e Beaumont. E com algumas meninas, também. Em parte era verdade. Era preciso tudo isso, mais correrias de carro pela madrugada, mais brigas nos bares infectos da fronteira, mais apostas de sinuca e as primeiras drogas a chegar ao Texas para encher a solidão de Janis, a emoção dispersa e estilhaçada em todos os sentidos. "Existem sempre os casais. Existe Jack e Nova, Jim e Katty, mas só existe uma Janis". Ela dizia isso rindo, como aliás sempre riu de tudo, a vida toda. Janis estava pronta para os blues e para a estrada, conseqüência e apostolado dos blues. Os dois vieram naturalmente. "Eu lia muito sobre jazz e blues, e sobre Leadbelly, e um nome que pintava sempre era o de Bessie Smith, diziam que ela era maravilhosa e tudo. Eu fiquei curiosa, comprei uns discos dela. E então, BAM, aquilo me atingiu. Como aquela mulher cantava, como ela GRITAVA tudo aquilo que eu estava sentindo... Aí eu comecei a cantar imitando Bessie Smith. Copiava mesmo. Mas eu também não fazia força, eu não dizia a mim mesma: Agora vou cantar assim. Eu só era. Minha voz era. Quando eu abri a boca já saiu assim".

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