sábado, 13 de setembro de 2008

A verdadeira história de Janis Joplin - Parte 5

Aprendeu a tomar bolinhas e a se aplicar em Venice, aprendeu a ganhar a vida cantando blues em Austin. tomou heroína pela primeira vez em Nova Iork, traficou drogas pela primeira vez em San Francisco. O que estava procurando, perseguindo? "Eu queria ser uma pessoa comum, uma pessoa da rua, uma pessoa qualquer". Sua voz ia ficando densa, tensa, mais parecida e mais diferente da de Bessie Smith. Janis cantava os mesmos blues: "Se você não quer nada, se se conforma, você não sente dor, sofrimento. Blues é querer uma coisa que você não tem". Cantava esses e outros blues, os blues de sua geração, da década de 60. "Nos anos 50 só o que importava era cantar bonitinho, certinho. Agora é diferente. Cantar os blues ficou como um desabafo, eu ali podendo gritar e dizer para as pessoas: Eu sofro, eu estou ferida, eu choro". Da segunda vez que voltou a Port Arthur, Janis se recuperava de uma longa temporada de dependência de anfetaminas. Procurou ajuda psiquiátrica, precisava desesperadamente de aceitação e respeito. Inscreveu-se na Universidade do Texas, tentou trabalhar como garçonete. Na festa de conclusão do curso, recebeu um título: O Homem Mais Feio do Campus. Sem se despedir de ninguém, foi para San Francisco repetir mais uma vez: Eu sofro, eu estou ferida, eu choro. Os ares começavam a mudar em San Francisco, e Janis gostava disso. "Todo mundo era freak lá. Ninguém ria de mim". Janis vivia em North Beach, dormindo na casa de uma e outra pessoa, ganhando dinheiro com empregos temporários e venda de drogas, ganhando cerveja nos botecos com seus blues. Quase não tinha o que comer, mas não fazia muita diferença para quem vivia encharcada de speed. "Você é um derrotado se não sabe transar a droga", recorda Chet Helms, amigo de Janis. "Janis foi derrotada desde o início".

Um comentário:

Ilen Melo disse...

Nem sempre nossos cabelos brilhao, ou estao encaracolados... Mas com certesa isso nao abala NOSSA ALMA.