sábado, 13 de setembro de 2008

A verdadeira história de Janis Joplin - Parte 6

Derrotada e trêmula, Janis voltou mais uma vez a Port Arthur. Agora, ela dizia, era definitivo. Ia se casar, ela dizia a seus pais; seu noivo, um cara que ela conheceu em San Francisco, viria pedir a sua mão oficialmente. Janis abandonou os colares e blue jeans, a bebida, prendeu os cabelos num coque. Começou a fazer psicoterapia e queria deixar de cantar. "Para Janis não havia meio termo. Ou ela era uma pessoa totalmente submissa ao comportamento de Port Arthur ou era uma selvagem", informa Bernard Giarritano, seu psicoterapeuta. "Eu queria mostrar a ela que cantar podia ser um bom meio de expressar sua criatividade, mas para ela cantar significava se envolver de novo com drogas. E ela me dizia que tinha medo de que as drogas a matassem". O noivo de Janis nunca apareceu: mais tarde ela saberia que ele tinha fugido para o Canadá, onde aliás era contrabandista de entorpecentes. Quem veio a Port Arthur foi um outro tipo de emissário: Travis Rivers, um conhecido dos tempos de San Francisco.
Ele vinha com um convite de Chet Helms: queria que Janis fosse cantar com uma banda recém formada, a Big Brother & Holding Company. San Francisco mudara muito, dizia, e agora havia um novo tipo de música e de vida na cidade que ia mudar o mundo todo. Aquela transação livre e alucinada de North Beach tomara conta de toda a cidade. Havia grupos eletrificados fazendo um som novo, um blues elétrico. E, Chet dizia, só Janis podia cantar essa nova música.

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